​A Escola de Medicina da Universidade do Minho (EM/UM) é, essencialmente, uma comunidade de pessoas. Comunidade significa convivência em situação de comunhão, e comunhão quer dizer comum-união. Qual é o vínculo que faz das pessoas que convivem (e não, meramente, coexistem) na EM/UM uma comunidade? É, na diversidade das suas funções próprias, todas contribuírem (portanto, cada uma contribuir) para que esta Escola cumpra limpamente a sua missão, a sua razão de existir: a defesa da qualidade de vida das pessoas.

Esta missão é cumprida pela realização de diferentes funções, que, nesta Escola, são intercomunicantes, cada uma dando de si às outras e de cada uma das outras recebendo.

As modalidades em que se diferencia a missão da EM/UM em prol da defesa da qualidade de vida das pessoas são, genericamente, as seguintes:

a) Contribuição para o avanço do conhecimento da vida nos seus domínios biológicos, psicológicos e sociológicos;

b) Contribuição para a aplicação do conhecimento à identificação, interpretação e solução de situações que afetam a qualidade de vida, a nível pessoal, familiar, laboral, social e público;

c) Formação inicial, complementar e de aprofundamento e atualização de profissionais de saúde;

d) Contribuição para o desenvolvimento na sociedade de uma esclarecida consciência pessoal e coletiva sobre saúde, seu valor e dever de a defender e desenvolver, e, em conexão, de um modo de estar que se exprima em solidariedade e compassividade efetivas e não meramente discursivas.

Na EM/UM tudo isto tem a ver com todos, embora com diferente predominância, segundo as funções em que cada um mais participa:

• Função de investigação: ênfase em a);

• Função de formação: ênfase em c);

• Função de serviço à comunidade: ênfase em b) e d).

Termino com uma palavra especialmente dirigida às/aos jovens que estão indecisos quanto ao curso de Medicina em que se irão inscrever:

Há tempos, uma jornalista que visitou, em pormenor, a EM/UM, perguntou-me no fim:

- “Sabe o que mais me impressionou?”

E acrescentou imediatamente, sem me dar tempo de resposta:

- “Foi só ter encontrado gente contente.”

Jovem, se gostas de te fazeres médico com gente contente, junta-te a nós.