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Escola de Medicina inaugura Centro de Medicina Digital P5 Voltar

quinta-feira, 04/04/2019   
Programa da cerimónia de inauguração do P5
Com a presença do comissário europeu, Carlos Moedas, a Escola de Medicina celebra o início de um novo projeto que pretende simplificar a saúde e garantir um melhor acompanhamento de doenças crónicas que afetam um número muito significativo de portugueses.
A Escola de Medicina da Universidade do Minho recebe, na próxima segunda-feira, 8 de abril, a visita do comissário europeu Carlos Moedas, para a inauguração do Centro de Medicina Digital P5, um projeto inovador, que procurará monitorizar e apoiar a gestão da doença crónica, contribuindo para melhorar os cuidados de saúde e a vida das populações.

O que pode ser a medicina do futuro? E como é que ela se apresenta? Foi com estas questões em mente, e com a necessidade de dar um maior apoio à gestão da doença crónica, que a Escola de Medicina lançou as bases para o Centro de Medicina Digital P5, numa ideia que pretende complementar a rede de cuidados de saúde primários e hospitalares, sendo um auxílio para ambos.

O projeto alicerça-se na criação de pontes entre os diferentes níveis de cuidados, promovendo a autonomia do doente na gestão da sua saúde num ambiente de grande proximidade. Assim, no período entre as consultas médicas e de enfermagem, o doente permanece acompanhado pelo sistema, recebendo e enviando informação útil para o Centro de Medicina Digital P5. Essa informação servirá para o desenvolvimento de planos personalizados de intervenção que, depois de validados pelas equipas das Unidades de Saúde Familiar (USF), serão promovidos pela equipa do P5 junto do utente.

Este modelo permitirá aos utentes adotarem estilos de vida mais saudáveis, prevenir situações de doença, detetar precocemente doenças já estabelecidas e reduzir a ocorrência de complicações graves como, por exemplo, um enfarte cardíaco ou um AVC. A proximidade entre doente e serviços de saúde é um pilar fundamental do projeto.

A doença crónica é o foco no arranque do P5, sendo que a equipa (formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais) definiu a diabetes mellitus e a hipertensão arterial como doenças-alvo para acompanhamento. Estas duas doenças afetam, no seu conjunto, cerca de três milhões de pessoas em Portugal. Dados do SNS indicam que, em 2018, 36% da população adulta portuguesa é hipertensa enquanto o Observatório Nacional da Diabetes estimou que a diabetes afeta cerca de dois milhões de portugueses.

O P5 contará, numa primeira fase, com três USF piloto, onde será feito o acompanhamento personalizado aos utentes que tenham diabetes ou hipertensão arterial, monitorizando e controlando de forma mais eficaz estas doenças e, por conseguinte, conquistando melhores resultados para a saúde de cada um dos pacientes envolvidos.

O uso de recursos digitais permitirá, em pouco tempo, alargar o campo de intervenção do P5 e multiplicar os benefícios de uma intervenção personalizada e em proximidade que pode ser realizada à distância e expandida para todo o território nacional. As Unidades de Saúde Familiar que receberão este primeiro piloto foram selecionadas pela ARS-Norte e localizam-se no distrito de Braga: USF Manuel Rocha Peixoto (Braga), USF S. Miguel-o-Anjo (Vila Nova de Famalicão) e USF Saúde Oeste (Sequeira, Braga).
Programa da cerimónia de inauguração do P5