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Dois projetos do ICVS da Escola de Medicina recebem 800 mil euros da Fundação LaCaixa Voltar

segunda-feira, 07/09/2020   
João Dias (EM/ICVS)
Descodificar o cérebro e detetar precocemente a doença de Parkinson. São estes os dois grandes objetivos das propostas do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Escola de Medicina, que foram financiadas pela Fundação La Caixa.
Ana João Rodrigues e António Salgado são dois dos vencedores selecionados para receber bolsas da fundação espanhola no âmbito do Caixa Health Research 2020. O projeto da investigadora do ICVS angaria meio milhão de euros para descodificar o nosso cérebro e entender como percecionamos prazer ou aversão. Já António Salgado está inserido num projeto conjunto com o INL e a Universidade de Aveiro para desenvolver terapias mais eficazes no combate à doença de Parkinson. O consórcio entre as três instituições portuguesas recebe um milhão de euros, dos quais 300 mil são alocados ao ICVS.

No apoio às Neurociências, Ana João Rodrigues foi uma das grandes vencedoras. A investigadora propõe-se a estudar a forma como o nosso cérebro responde aos estímulos externos e os categoriza como positivos ou negativos.

Já António Salgado, num projeto encabeçado pelo INL, acaba por receber um apoio de 300 mil euros para o trabalho de teste das novas metodologias em mini-cérebros que permitem recriar as condições da doença de Parkinson.

O que é bom? O que é mau? E como é que o nosso cérebro os distingue?

O projeto liderado por Ana João Rodrigues quer perceber como o nosso cérebro codifica estímulos negativos ou positivos. Através de ferramentas avançadas para registo da atividade neuronal, a equipa da neurocientista pretende usar os neurónios do nucleus accumbens (zona cerebral relacionada com o prazer) para descodificar a forma como é processado o prazer ou a aversão.

O conhecimento adquirido neste processo pode ajudar, a longo prazo, a compreender os mecanismos subjacentes a patologias como a depressão e a adição.

Diamantes e mini-cérebros. Ou como podemos detetar mais cedo a doença de Parkinson?

Os diamantes também podem ser fundamentais em ciência e o consórcio entre INL, ICVS e Universidade de Aveiro prova-o. Utilizando nanosensores de diamantes, o projeto em que se inclui António Salgado quer criar novas metodologias em “mini-cérebros” – estruturas desenvolvidas a partir de células estaminais – que recriam as condições de um cérebro com doença de Parkinson.

A partir daqui o projeto Diamond4Brain quer detetar mais precocemente a doença, através dos tais nanosensores de diamantes, e garantir terapias mais eficazes no combate à doença e na qualidade de vida dos pacientes.
João Dias (EM/ICVS)